NaOH + HCl = NaCl + H2O
Soda Cáustica + Ácido Clorídrico = Sal de Cozinha + Água
Começar o texto com uma fórmula química não é
a melhor maneira de atrair leitores para este post. Mas não se preocupe, não
precisa ser nerd para entender o que vou escrever.
Esta
reação química representa a obtenção de sal de cozinha em laboratório. Para que
isso ocorra, as substâncias precisam ser adicionadas em quantidades corretas.
Um
amigo químico escreveu um texto com uma visão “espiritual” sobre
esta reação*. Gostaria de destacar um pequeno trecho:
“Se
você passar o Ácido Clorídrico (HCl) concentrado na pele, ela vai queimar,
arder, ferir podendo levar à morte. A mesma coisa ocorre com o Hidróxido de
Sódio (soda cáustica – NaOH): fere, queima, arde, mata. Mas o sal é resultante
da união destas duas substâncias que tanto mal podem fazer.”
Essa
reação me faz lembrar a perseguição que a primeira igreja sofreu após a morte
de Estêvão. A Bíblia diz que "Saulo devastava a igreja. Indo de casa em
casa, arrastava homens e mulheres e os lançava na prisão” (At 8.3) e,
apesar de todo esse sofrimento, “os que haviam sido dispersos pregavam a
palavra por onde quer que fossem” (At 8.4).
Assim
como na fórmula química, o sofrimento de nossos irmãos os transforma cada vez
mais em Sal da Terra. Isso quer dizer que o
resultado da perseguição é uma Igreja que busca fazer a vontade do Pai.
Para
atingir o resultado esperado, a reação química precisa acontecer em um ambiente
controlado, com as medidas corretas para cada substância. Da mesma
forma, a Igreja Perseguida resiste, pois sua fé está firmada em
Cristo, as orações dos irmãos a fortalecem e seu alvo é a recompensa eterna.
Almejando a Coroa da Vida, são fiéis até a morte (Ap 2.10b)!
Diferente
deles, somos derrubados pelas aflições. Por diferentes motivos deixamos de
obedecer a Deus e usamos nosso sofrimento como desculpa para não cumprir a
tarefa de ser sal e luz. Nossa fé vacila e nosso alvo não está no Reino, não
está em fazer a vontade daquele que nos enviou. Dessa forma,perdemos o foco
no Eterno e nos apegamos ao que é eternamente inútil.
Assim
como nada pode nos separar do amor de Cristo (Rm 8.35-39), não podemos permitir que
algo nos impeça de amar a Deus, sejam perseguições, aflições ou adversidades. E
se amamos a Cristo, devemos obedecer-lhe (I Jo 2.3-6). Para o cristão, o que é
mais importante que cumprir a vontade de Deus?
Estevão Medeiros (@estevaoxavier)
é coordenador do underground Brasil
“Se alguém pensa que tem razões para
confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida,
pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à
lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na
lei, irrepreensível.
Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por
causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a
suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa
perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a
Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da
lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se
baseia na fé.
Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição
e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para,
de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu já tenha
obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois
para isso também fui alcançado por Cristo Jesus.
Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma
coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as
que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado
celestial de Deus em Cristo Jesus.”
*Esse post foi inspirado no texto "Você é Sal?",
escrito por Luiz Pianowski, pesquisador e PhD em Tecnologia Farmacêutica.
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